Bruno Carvalho, um dos nomes mais pulsantes de sua geração, conta pouco menos de 40 anos de idade, sendo metade deles dedicados à carreira estelar cuja gênese foge ao lugar comum. Começou do outro lado do balcão, em marcas que se tornaram referências absolutas em seus segmentos, como a grife Tânia Bulhões. Das ambientações para as vitrines, das vitrines para as casas de clientes exigentes (o primeiro foi um dúplex de dois mil metros quadrados que ele tratou de colocar abaixo) e delas para as mostras de decoração mais expressivas do País, incluindo elogiadas participações na Casacor SP, não foi necessariamente um pulo. Leia mais
Bruno, capixaba radicado em São Paulo, designer de interiores autodidata, primeiro aprendeu a transpor seu olhar das artes plásticas (ele pintava quando menino) para o exercício rigoroso do raciocínio espacial em projetos que precisariam misturar conceito, grandes soluções e plasticidade com performance comercial.
Foi exatamente ali, no exercício da profissão, que foi ganhando visibilidade até se tornar diretor artístico, consultor de estilo e visual merchandising de outros labels. Nessas entrelinhas girou o mundo em feiras, exposições, cursos livres e muitas outras fontes de pesquisa, até decodificar tudo num estilo para chamar de seu e conquistar clientes transcontinentais – hoje divide seu tempo entre Brasil e Miami, em projetos residenciais, comerciais e expográficos carregados das suas digitais, customizados feito alta-costura, sob medida para aqueles para quem projeta.
Conectado aos movimentos artísticos e às narrativas contemporâneas que algumas pessoas preferem chamar de tendências, Bruno comanda uma equipe multidisciplinar, entre arquitetos e designers, com um planejamento panorâmico do espaço. Mas sempre e invariavelmente, é ele quem está ali, em cada detalhe.
Até nas flores que costuma arranjar com toque de Midas – e que também se tornaram campeãs de likes no Instagram. E na vida prática.